TSE anuncia novo modelo de urnas eletrônicas para as eleições de 2022

Tatanews
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Cronograma de Carga e Lacração - preparação da urnas para o 2° turno das Zonas Eleitorais do Paraná - Tags: eleições2018, eleições, voto, sulfrágio, Tribunal, urna eletronica. Fotos: André Rodrigues

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que vai utilizar um novo modelo de urnas eletrônicas nas eleições de 2022. O comunicado foi feito antes mesmo de a Câmara aprovar ou rejeitar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, que prevê ao eleitor a auditagem pelo voto impresso.

O TSE vai comprar mais de 200 mil urnas do novo modelo, que utiliza a certificação da ICP-Brasil. As novas urnas terão um “sistema reforçado por uma certificação que avalia a aderência do perímetro criptográfico da urna eletrônica em relação aos requisitos mínimos definidos pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI)”, o responsável pela autoridade certificadora da ICP Brasil.

Com essa nova tecnologia o TSE afirma que, além de garantir a execução de sistemas assinados pela Corte, as novas urnas vão assegurar “a autenticidade de informações geradas pela urna eletrônica”. Segundo o órgão, “isso impede que dados e informações sofram modificações não autorizadas, garantindo sua integridade e autenticidade.”

O professor Diego Aranha, pesquisador de ciência da computação na Universidade Aarhus, na Dinamarca, que, em 2017, conseguiu invadir o atual modelo da urna eletrônica, avalia que “trocar o algoritmo de assinatura aprimora de maneira incremental uma etapa do processo”. Mas alerta que não resolve o foco da crítica técnica. “A gerência de chaves criptográficas, robustez do procedimento de assinatura, dificuldades de auditoria de software, etc”, disse no Twitter.

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Membro do subcomitê de tecnologias eleitorais da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), o professor Mário Gazziro, do departamento de Engenharia da Informação da Universidade Federal do ABC (UFABC), explica à Gazeta do Povo que o novo modelo da urna eletrônica cria e guarda as chaves das urnas de maneira segura. “Mas ainda está longe de entregar a transparência e auditabilidade que o voto impresso oferece”, afirma.

Leia mais em: Gazeta do Povo.

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