O brasileiro Flávio Augusto da Silva, dono do Orlando City, clube da Major League Soccer, pensa em ‘parar de ganhar dinheiro’ em 2022, quando completar 50 anos. O bilionário, fundador da rede de cursos de idioma Wise-Up, quer se dedicar à filantropia, e com isso, cogita possibilidades, como vender o clube.
“Não estou fazendo anúncio de venda. O anúncio é de que vou me dedicar à filantropia. Mas acredito que o ápice de um empreendedor de sucesso é quando o mercado passa a ter interesse naquilo que ele criou a ponto de quererem pagar por isso e, felizmente, sou procurado por investidores constantemente” – afirmou, em entrevista ao ‘Estadão’.- Tenho várias alternativas. Posso fazer a venda completa, sair da operação, ficar no conselho ou vender uma parte minoritária. Nada está descartado e estabelecido – completou.
Flávio adquiriu o clube em 2013 por US$ 120 milhões (R$ 485,7 milhões). De lá para cá, a MLS cresceu junto com o clube, que vale atualmente US$ 600 milhões (R$ 2,4 bilhões). A projeção é de que, em 2026, ano em que os Estados Unidos sediará a Copa do Mundo junto com o Canadá e México, o Orlando City chegue a marca de US$ 1 bilhão (R$ 4 bilhões) em valor de mercado.
“O que define o valor de uma empresa é a sua performance financeira. O investidor precisa acreditar que, em dois ou três anos, a empresa vai se valorizar e isso permitirá a ele ganhar duas ou até três vezes mais o dinheiro que ele gastou no início. Quando comprei o Orlando City, eu acreditava nisso e deu certo” – diz Flávio.O empresário brasileiro falou ainda da participação de Kaká, que defendeu o clube entre 2015 e 2017, na valorização financeira do clube. Ele colocou a liga no mapa, chamou atenção de investidores e anunciantes. Apesar de ir bem nos negócios, o Orlando City vai mal na Conferência Leste da MLS. O clube ocupa a décima posição no total de 12 times, com seis derrotas, quatro vitórias e três empates.