O Brasil enfrenta duas encruzilhadas decisivas: a hipótese de Bolsonaro tentar abrigo ilegal na embaixada dos Estados Unidos e o julgamento que antecede o 7 de Setembro. Ambos os cenários trazem riscos imediatos, mas também a possibilidade de consolidar a democracia e expor o caráter antinacional do bolsonarismo.
A denúncia feita pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) de que Jair Bolsonaro teria um plano de fuga para buscar proteção na embaixada dos Estados Unidos colocou ainda mais tensão no cenário político brasileiro. A hipótese, embora incompatível com a legislação norte-americana — que não reconhece pedidos de asilo em embaixadas —, expõe a gravidade do momento. O julgamento do ex-presidente está marcado para 2 de setembro, apenas cinco dias antes do 7 de Setembro, data que os bolsonaristas historicamente tentam transformar em palco de enfrentamento institucional. Entre a possibilidade de um gesto de submissão a uma potência estrangeira e o risco de radicalização das ruas, o Brasil se depara com dois cenários distintos, ambos capazes de definir os rumos da soberania nacional e da solidez democrática.
