A China anunciou, nesta sexta-feira (11), que aumentará as tarifas sobre os produtos dos Estados Unidos para 125%, aprofundando ainda mais a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
“A imposição por parte dos Estados Unidos de tarifas anormalmente elevadas contra a China viola gravemente as normas comerciais internacionais, as leis econômicas básicas e o bom senso”, afirmou a Comissão Tarifária do Conselho de Estado em um comunicado.
“Levando em consideração que neste nível de tarifas os produtos americanos exportados para a China já não têm mais nenhuma chance de serem aceitos no mercado, se Washington continuar aumentando suas tarifas, a China vai ignorar”, acrescenta a nota.
Pequim anunciou que também apresentará uma demanda na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a mais recente série de tarifas de Trump.
A incerteza gerada pelas políticas de Donald Trump continua pressionando o dólar, que nesta sexta-feira atingiu a menor cotação em mais de três anos em relação ao euro.
A maioria das Bolsas europeias operava em queda. Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou a semana com uma queda de 2,95%.
– “Resistir” –
Donald Trump anunciou, na quarta-feira, uma pausa de 90 dias nas tarifas que havia acabado de anunciar contra 60 parceiros comerciais, uma isenção que exclui a China.
Washington, no entanto, mantém tarifas mínimas de 10% e sobretaxas alfandegárias de 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis.
No caso da China, as tarifas sobre as importações dos produtos do país asiático alcançam 145%.