(FOLHAPRESS) – O Brasil terá a quinta maior delegação das Paraolimpíadas de Tóquio-2020, que começam nesta terça-feira (24). A delegação nacional possui 234 atletas com deficiência e compete em 20 dos 22 esportes do programa dos Jogos.
O país disputa inclusive no badminton e no taekwondo, que estreiam nos Jogos, e só não terá representantes no basquete e no rúgbi em cadeira de rodas.
Contando atletas sem deficiência, como guias, calheiros, goleiros e timoneiro, a delegação terá 259 integrantes. No total, serão 435 integrantes, somadas as comissões técnica, médica e administrativa.
O objetivo é se manter no top 10 do quadro geral de medalhas. Nos Jogos do Rio-2016, a equipe ficou em oitavo lugar, com 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes.
É a maior delegação do Brasil nos Jogos Paraolímpicos no exterior, superando Londres-2012, quando o time nacional contou com 178 atletas. No Rio-2016, quando foi sede, teve 286 integrantes.
A maior delegação em Tóquio será a do Japão, com 254 atletas, que disputam os 22 esportes do programa paraolímpico. Em seguida vêm China (248), maior potência das Paraolimpíadas, Comitê Paralímpico Russo (243) e Estados Unidos (235).
Como já aconteceu nas Olimpíadas, a equipe russa não irá competir sob sua bandeira e hino. O país foi punido por esquema de doping patrocinado pelo Estado.
Segundo números divulgados pelo Comitê Organziador de Tóquio-2020, haverá um total de 4.403 atletas. É a maior edição dos Jogos em número de participantes. O recorde anterior pertencia ao Rio-2016, com 4.328.
“Quebrar o recorde de participantes em Tóquio-2020 é uma prova do grande trabalho de todos os comitês paralímpicos nacionais e federações internacionais que foram além do seu dever durante esses tempos mais difíceis”, destacou o brasileiro Andrew Parsons, presidente do IPC (Comitê Paralímpico Internacional).
As mulheres avançaram em representatividade, mas ainda estão longe de igualar o número de homens disputando as Paraolimpíadas. Em Tóquio-2020, haverá 1.853 atletas no feminino, o que representa aumento de 10,9% em relação ao Rio-2016, que teve 1.671 mulheres.
Os homens, porém, ainda representam ampla maioria, com 2.550 atletas ou 57,9% dos competidores. As mulheres são 42,1% do total.
“Embora a gente ainda não tenha paridade de gênero, estamos caminhando na direção certa. O número de mulheres competindo nas Paralimpíadas quase dobrou desde Sydney-2000”, afirmou Parsons.