Pela terceira vez em um ano, a escola de idiomas Wizard precisou divulgar um comunicado para dizer que não tem relação com o empresário Carlos Wizard, que foi à CPI nesta quarta (30).
De fato, Wizard é o fundador da rede que leva seu nome, mas vendeu o negócio por R$ 2 bilhões para a multinacional Pearson em 2013.
No ano passado, quando o bilionário foi convidado para ocupar um cargo no Ministério da Saúde, a empresa colocou um aviso fixo em sua página na internet explicando que o vínculo não existia. Meses depois, o Tribunal de Justiça de São Paulo divulgou um comunicado, a pedido da Pearson, afirmando que o empresário não tinha qualquer ligação societária ou relação com a rede de escolas e a marca Wizard.
Nesta quarta, a empresa fez um novo comunicado oficial. Desta vez, foi mais direta no esforço de se desvincular do fundador: “a Wizard pertence à Pearson desde 2014 e nosso posicionamento é muito diferente do de Carlos Martins”, escreveu. Enquanto isso, pipocavam nas redes sociais chamamentos para boicotes à marca que ainda leva o nome do empresário.
A confusão em torno do nome tem um contexto curioso. Carlos Wizard Martins não nasceu com o ‘Wizard’ na certidão.
É mais comum no mundo dos negócios que o nome do empresário batize o empreendimento. Mas com Carlos Martins foi o contrário. A rede de idiomas se incorporou ao seu nome.
Para conseguir mudar os documentos, ele disse ao juiz que, com um nome tão comum quanto Carlos Martins, ele teria dificuldades para desenvolver seu negócio, porque há muitos no mundo. Foi uma homenagem ao “Mágico de Oz” (“The Wizard of Oz”, em inglês).
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo em 2014, o bilionário disse que nome foi impresso em seus documentos e nos dos filhos. Disse também que em seu túmulo vai estar escrito Carlos Wizard Martins.
FOLHAPRESS