A plataforma disse que a suspensão vai durar “no mínimo” duas semanas, até que a transição de poder seja completada.
Trump já havia sido suspenso temporariamente da plataforma na noite de ontem após o Congresso dos EUA ter sido invadido por militantes que queriam impedir a ratificação da vitória de Joe Biden nas eleições.
Pouco antes da invasão a multidão havia sido inflamada por Trump, que fez alegações infundadas de fraude nas eleições. A invasão gerou caos, violência, levou à morte de quatro pessoas e fez com que os congressistas tivessem que ser evacuados emergencialmente.
Além do discurso público que fez aos invasores, Trump também repetiu as alegações infundadas sobre fraude em suas redes sociais.
Em resposta, o Twitter apagou postagens e suspendeu a conta do presidente por 12h, dizendo que futuras violações poderiam resultar em suspensão permanente.
O Facebook suspendeu a conta do presidente temporariamente na noite de ontem e nesta quinta afirmou que vai manter a suspensão por tempo indeterminado.
“Nos últimos anos, permitimos que o presidente Trump usasse nossa plataforma de forma consistente com as nossas regras, às vezes removendo conteúdos e marcando seus posts quando eles violavam nossas políticas. Fizemos isso porque acreditamos que o público tem o direito a (ter acesso ao) espectro mais amplo de discurso político possível, mesmo quando esse discurso é controverso”, escreveu o criador do Facebook, Mark Zuckerberg.
“Mas o contexto atual é fundamentalmente diferente, envolve o uso de nossa plataforma para incitar insurreição contra um governo democraticamente eleito”, afirmou.
“Acreditamos que os riscos de permitir que os presidente continuar usando nossa plataforma durante este período é simplesmente grande demais. Portanto estamos ampliando o bloqueio que fizemos em suas contas no Facebook e no Instagram por tempo indeterminado, e por pelo menos duas semanas, até que a transição pacífica de poder esteja concluída”, afirmou a plataforma.