
O Presidente Donald Trump caminha para embarcar no Air Force One no Aeroporto Municipal de Morristown, em Morristown, N.J., no sábado, 21 de junho de 2025. (AP Photo/Manuel Balce Ceneta) © Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved.
BRASÍLIA, DF E WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – A nove dias do final do prazo para o governo dos Estados Unidos aplicar sobretaxas de 50% sobre produtos importados do Brasil anunciada por Donald Trump, os canais de negociação formais entre o governo brasileiro e o americano seguem fechados.
Americanos sinalizaram ao governo Lula (PT) que as tratativas só devem caminhar a partir de uma autorização do presidente Donald Trump para a abertura de canal oficial de diálogo. Integrantes do Palácio do Planalto dizem ter a informação de que o caso está na Casa Branca e sem previsão de uma resposta às iniciativas do governo brasileiro.
Como esse diálogo é interditado nos canais formais, integrantes do governo começam a duvidar de um desfecho a tempo hábil de reverter a aplicação da sobretaxa em 1º de agosto.
Enquanto isso, autoridades brasileiras procuram estabelecer contatos extraoficiais com a equipe dos seus correspondentes nos Estados Unidos. Isso se deve justamente à dificuldade relatada por ministros de se comunicar diretamente com seus homólogos nos EUA.
No governo brasileiro, essa resistência é atribuída a um temor entre os americanos de serem desautorizados pelo presidente Trump. Integrantes do órgão responsável pela área comercial dos EUA, por exemplo, mantiveram conversas sobre tarifas com os brasileiros e foram surpreendidos pela decisão do presidente americano de sobretaxar o país.